Para professor, falta de políticas públicas barra democratização do acesso.
Cidade está na lista do Programa Nacional de Banda Larga da Telebrás.
Apesar da internet ser umas das principais fontes de informação, Campinas ainda deixa a desejar no que diz respeito a universalização do acesso. No Programa de Metas do Governo Jonas Donizette 2013 – 2016, entregue na Câmara Municipal no fim de março, não há prevista nenhuma medida para expandir os pontos públicos ou para criar redes de internet comunitária.
Para André Bordignon, professor do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias da PUC-Campinas e presidente do Comitê para Democratização da Internet (CDI) Campinas, é preciso que os setores da sociedade discutam políticas públicas de inclusão sociodigital para a cidade.
Para André Bordignon, professor do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias da PUC-Campinas e presidente do Comitê para Democratização da Internet (CDI) Campinas, é preciso que os setores da sociedade discutam políticas públicas de inclusão sociodigital para a cidade.
“Em 2010, a ONU [Organização das Nações Unidas] estabeleceu que o acesso à internet é um direito humano. Quando a ONU vem a público e iguala esse acesso a todos os outros direitos, vemos a importância da internet na sociedade que vivemos. Se você lê o plano de metas do Governo Jonas [Donizette] você percebe que a questão da cultura digital não é abordada em nenhum momento”, critica.
Bordignon destacou que a CDI, conjuntamente com outras ONGs, há dois anos organiza um evento voltado para debater a questão em Campinas. Em março deste ano, a 2ª Semana de Cultural Digital de Campinas reuniu especialistas do setor. Na ocasião, o presidente da Informática de Municípios Associados (IMA), Fábio Pagani, foi representar a administração municipal, uma vez que, a empresa de economia mista tem como principal acionista a Prefeitura.
Bordignon destacou que a CDI, conjuntamente com outras ONGs, há dois anos organiza um evento voltado para debater a questão em Campinas. Em março deste ano, a 2ª Semana de Cultural Digital de Campinas reuniu especialistas do setor. Na ocasião, o presidente da Informática de Municípios Associados (IMA), Fábio Pagani, foi representar a administração municipal, uma vez que, a empresa de economia mista tem como principal acionista a Prefeitura.
Informação pública
No evento, Pagani se comprometeu a disponibilizar o Mapa da Fibra Ótica de Campinas no site da IMA, o que não ocorreu, segundo Bordignon. “É importante ter acesso a isso, porque com o mapa da fibra você pode fomentar a última milha para que comunidades periféricas tenham acesso a um sinal de internet de qualidade. Eu não sei se o cabo passa por ali, se eu posso pegar isso. Fica tudo muito obscuro. Uma informação pública que fica privada”, explica.
O professor explica que de posse do mapa da fibra ótica e com o novo regulamento aprovado pela Anatel no início do mês, uma ONG poderia oferecer acesso gratuito à internet para uma determinada comunidade. A resolução do órgão federal também inclui prefeituras.
Bordignon lembra ainda que a Telebrás definiu que a IMA será a empresa responsável pela universalização de acesso à internet na cidade. “Campinas foi uma das primeiras cidades que foi colocada no Programa Nacional de Banda Larga. Foi delegado isso para IMA fazer em Campinas, mas não é o que está acontecendo”, revela.
No evento, Pagani se comprometeu a disponibilizar o Mapa da Fibra Ótica de Campinas no site da IMA, o que não ocorreu, segundo Bordignon. “É importante ter acesso a isso, porque com o mapa da fibra você pode fomentar a última milha para que comunidades periféricas tenham acesso a um sinal de internet de qualidade. Eu não sei se o cabo passa por ali, se eu posso pegar isso. Fica tudo muito obscuro. Uma informação pública que fica privada”, explica.
O professor explica que de posse do mapa da fibra ótica e com o novo regulamento aprovado pela Anatel no início do mês, uma ONG poderia oferecer acesso gratuito à internet para uma determinada comunidade. A resolução do órgão federal também inclui prefeituras.
Bordignon lembra ainda que a Telebrás definiu que a IMA será a empresa responsável pela universalização de acesso à internet na cidade. “Campinas foi uma das primeiras cidades que foi colocada no Programa Nacional de Banda Larga. Foi delegado isso para IMA fazer em Campinas, mas não é o que está acontecendo”, revela.
“Prioridades”
Para o professor, as obras que o país está fazendo para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos também deixam de lado a inclusão digital. “Vemos muita propaganda com esses grandes eventos, como por exemplo, nos aeroportos. No eixo da Rodovia Santos Dumont, há uma fibra ótica ali. Se tem um cabo da IMA passando ali até o Viracopos, porque não se leva esse sinal para as comunidades que estão no entorno, sendo que o custo é muito baixo. É uma questão de prioridades pelo jeito”, critica.
Além de investimentos no setor, Bordignon acredita a inclusão digital só será efetiva quando os governos tiverem maior controle no processo de concessão para as empresas privadas de internet. Para ele, é preciso que as prefeituras e câmaras elaborem leis para exigir contrapartidas. “Se você tem uma lei dizendo que as empresas para ofertar internet em uma localidade como o Cambuí, por exemplo, tem que oferecer em outros bairros mais periféricos, você minimizaria o problema da inclusão digital. No entanto, essas compensações ficam sempre no âmbito da discussão”, diz.
Questões técnicas e expansão
A IMA informou que o sistema de fibra ótica de Campinas possui 130 quilômetros de extensão de cabos não integrados, utilizados para o sistema de monitoramento da Cimcamp. Segundo a empresa, a previsão é que a rede seja ampliada e totalmente integrada até o segundo semestre de 2014, quando deverá ter 350 quilômetros de fibra, sendo possível usá-la para o acesso à internet em toda a cidade.
Sobre a solicitação feita pela CDI em relação ao mapa da fibra ótica, a assessoria de imprensa informou que foi entregue durante o debate na Semana da Cultura Digital e que está disponível no site da IMA. O mapa foi alterado algumas vezes por questões técnicas, mas a versão mais atualizada está disponível, segundo a assessoria.
A IMA também informou que as negociações entre a Prefeitura, a Telebrás e a empresa para inclusão no Programa Nacional de Banda Larga foram retomadas em maio deste ano. Até o fim de julho, será definido de que forma o plano será implantado em Campinas.
Telecentros e escolas
Sobre a ausência de projetos no No Programa de Metas, a Prefeitura de Campinas informou que apesar de não constar nada no plano relacionado à internet, realiza trabalhos de inclusão digital por meio de 29 telecentros espalhados pela cidade. A assessoria de imprensa informou ainda que as redes de fibras óticas da IMA serão direcionadas para unidades de educação para melhorar o acesso digital.
Para o professor, as obras que o país está fazendo para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos também deixam de lado a inclusão digital. “Vemos muita propaganda com esses grandes eventos, como por exemplo, nos aeroportos. No eixo da Rodovia Santos Dumont, há uma fibra ótica ali. Se tem um cabo da IMA passando ali até o Viracopos, porque não se leva esse sinal para as comunidades que estão no entorno, sendo que o custo é muito baixo. É uma questão de prioridades pelo jeito”, critica.
Além de investimentos no setor, Bordignon acredita a inclusão digital só será efetiva quando os governos tiverem maior controle no processo de concessão para as empresas privadas de internet. Para ele, é preciso que as prefeituras e câmaras elaborem leis para exigir contrapartidas. “Se você tem uma lei dizendo que as empresas para ofertar internet em uma localidade como o Cambuí, por exemplo, tem que oferecer em outros bairros mais periféricos, você minimizaria o problema da inclusão digital. No entanto, essas compensações ficam sempre no âmbito da discussão”, diz.
Questões técnicas e expansão
A IMA informou que o sistema de fibra ótica de Campinas possui 130 quilômetros de extensão de cabos não integrados, utilizados para o sistema de monitoramento da Cimcamp. Segundo a empresa, a previsão é que a rede seja ampliada e totalmente integrada até o segundo semestre de 2014, quando deverá ter 350 quilômetros de fibra, sendo possível usá-la para o acesso à internet em toda a cidade.
Sobre a solicitação feita pela CDI em relação ao mapa da fibra ótica, a assessoria de imprensa informou que foi entregue durante o debate na Semana da Cultura Digital e que está disponível no site da IMA. O mapa foi alterado algumas vezes por questões técnicas, mas a versão mais atualizada está disponível, segundo a assessoria.
A IMA também informou que as negociações entre a Prefeitura, a Telebrás e a empresa para inclusão no Programa Nacional de Banda Larga foram retomadas em maio deste ano. Até o fim de julho, será definido de que forma o plano será implantado em Campinas.
Telecentros e escolas
Sobre a ausência de projetos no No Programa de Metas, a Prefeitura de Campinas informou que apesar de não constar nada no plano relacionado à internet, realiza trabalhos de inclusão digital por meio de 29 telecentros espalhados pela cidade. A assessoria de imprensa informou ainda que as redes de fibras óticas da IMA serão direcionadas para unidades de educação para melhorar o acesso digital.
O governo estuda desenvolver mecanismos e softwares digitais interativos, que possibilitem aos alunos um melhor uso das tecnologias da informação nas salas de aula. Sobre os problemas de acesso dos bairros mais afastados, a prefeitura disse que o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Tecnologia (CpqD) está desenvolvendo um projeto para levar o 4G para zonas rurais e áreas periféricas. Após testes feitos no Centro de Educação Infantil Márcia Maria Otranto Jorge, no Jardim Miriam, a administração acredita facilitará a inclusão digital no município.
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